Para especialistas investir em carreira independe da empresa – Programmer’s Software & IT Services

Para especialistas investir em carreira independe da empresa – Programmer’s Software & IT Services

O Diretor Geral da SM Consultoria Treinamentos e Palestras Sergio Miorin foi entrevistado para uma matéria do site da empresa Programer’s Software & IT Services; o tema da entrevista foi o investimento em carreira. Acompanhe a matéria completa abaixo publicada no dia 04/09/2014

Pesquisa realizada pelo VAGAS Tecnologia, voltada para Educação e Carreira, concluiu que das 10 mil pessoas entrevistadas 94% pretendem investir em educação em 2014. O Levantamento foi realizado em todo o país, sendo composto em sua maioria por mulheres (66%) e desempregados (62%), com idade em torno de 29 anos, nível superior completo e renda declarada variável de R$ 1866 a R$ 3118.

Cada vez mais as empresas tem exigido e procurado mão de obra qualificada, o que faz com que aumentem os investimentos na carreira de maneira estratégica e focada. Susanne Andrade, Coach e Consultora na área de Desenvolvimento Humano, afirma que “é preciso estar conectado com o desenvolvimento da carreira de forma sustentável” e isso independe das empresas. “A proatividade do profissional é fundamental. Seja para negociar a realização do curso junto com a organização ou fazer por conta própria”, diz.

Essa autonomia é necessária, uma vez que, segundo o levantamento, somente 3% dos profissionais que participaram da pesquisa receberam algum tipo de apoio das empresas e 47% afirmaram pretender financiar seu ensino com recursos próprios. Por isso, Sergio Miorin, professor do IBE-FGV e especialista em Gestão de Pessoas, orienta: “caso o profissional entenda que a empresa não irá investir, deverá imediatamente fazer o investimento intelectual nele mesmo”, uma vez que, para o especialista, o retorno é garantido.

No entanto, Susanne destaca que todo curso deve ser feito com base nos objetivos que se quer conquistar. “Se você pretende se especializar em uma área especifica em função da demanda da carreira, esse deve ser o foco, por exemplo”. Em meio a tantos cursos, aulas online e outros tipos de treinamento, a escolha entre um curso de especialização e um curso livre depende do rumo que o profissional quer para a sua carreira. “Quando falamos em conhecimento, pode ser desde um workshop de 1 hora, até um doutorado de 4 a 5 anos. Tudo tem seu valor, seu peso”, fala Sérgio, que complementa: “quanto mais o profissional tiver conhecimento, melhor serão suas decisões”.

Avanços

Ao longo dos anos a educação corporativa passou por várias etapas, realizando parcerias com universidades, que proporcionaram cursos gratuitos e bolsas de estudos aos colaboradores. Ao pensar a história do setor, Susanne lembra dos cursos “in company” realizados por algumas empresas, que passaram a apostar nas universidades corporativas, caso de grandes companhias como a Petrobrás, onde ela leciona em programas de desenvolvimento de lideranças.

Sergio também aponta que esse avanço é resultado do fato das universidades não conseguirem atender a falta de mão de obra qualificada no mercado de trabalho e a alta demanda de profissionais no país, assim, “o setor corporativo tem colocado mais importância nos investimentos na área. Eles precisam de profissionais mais qualificados, com foco em resultados”.

Esse foco vai depender dos objetivos da corporação, uma vez que “a cultura da organização é um fator que influencia e poderá definir as competências consideradas essenciais para a empresa”, conta Susanne. A consultora também aponta que para a “geração Y”, que já nasceu na era da tecnologia da informação, a questão do “foco” é muito importante. Isso porque essa geração é cercada de informações e oportunidades, dessa maneira, é preciso direcionar os profissionais mais jovens.

Sergio Miorin - materia Programmers

As mudanças também originam novas exigências. Os especialistas destacam que hoje algumas características antes ignoradas pelas empresas agora precisam ser desenvolvidas. “Sem nenhuma dúvida, a parte comportamental é um diferencial”, diz Sergio, que também afirma que o relacionamento entre os profissionais, a flexibilidade, as inovações organizacionais e culturais e o foco nas pessoas alteram as relações no trabalho. Para Susanne a competência que tem se tornado insdispensável é a autoliderança. “Ela representa o desenvolvimento do protagonismo, a capacidade de ser líder da própria vida. Se posicionar para fazer acontecer construindo a carreira na direção que se deseja”.

Essa característica é encontrada e desenvolvida nos cursos de educação à distância, cada vez mais populares no ensino corporativo. “O curso a distância é uma boa opção, onde o profissional dedica menor tempo, com maior aproveitamento”, conta Susanne. O professor também fala que “a EAD está cada vez mais preparada, trazendo o professor mais próximo dos alunos, mesmo a distância”

Com relação ao quanto investir em educação corporativa Susanne fala que não existe regra, percentual específico do salário ou valor absoluto. “Vai depender da necessidade de cada momento, dos objetivos que a pessoa tem na carreira”. “Para isso é fundamental fazer a gestão da carreira, através de um trabalho de coaching ou de uma análise constante sobre suas reais necessidades”, explica. Sergio complementa: “é preciso investir o que foi definido no planejamento da carreira”.

Compartilhe