Ética Profissional – Jornal de Valinhos

A ética profissional deve ser a amalgama que uni a empresa e seus colaboradores e deve ser praticada por ambas as partes na construção de uma relação de trabalho próspera, aberta e de benefícios mútuos.

O Diretor Geral da SM Consultoria, Treinamentos e Palestras, Engenheiro Sergio Henrique Miorin falou sobre este tema importante na sua estréia como colunista do Jornal de Valinhos. O texto foi publicado no dia 03 de Setembro de 2013.

A ética profissional faz toda a diferença no mercado corporativo, tanto para empresa como para o colaborador. Então, qual a definição de ética? É a ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes ou aprovação ou desaprovação da ação do ser humano.

Como o mercado corporativo está muito competitivo, com falta de mão de obra qualificada, as empresas acabam fazendo de tudo para trazer um profissional qualificado e que atenda às suas exigências, tanto quanto às suas habilidades quanto às suas competências. Às vezes essa força acaba ultrapassando as barreiras da ética.

 

[pullquote align=”right”]Não faça para os outros o que você não gostaria que fizessem com você.[/pullquote]

 

 

 

 

 

 

 

Quando uma empresa não aplica a ética com seus colaboradores, também pode prejudicá-los, como por exemplo:

1) Recolher do colaborador o INSS e não repassar para o governo;

2) Confundir o profissional com o pessoal; demitir ou promover alguém pelo grau de amizade e não pela competência;

3) Aplicar atitude vingativa com o colaborador. Caso ele receba uma proposta de emprego melhor, a empresa concede um aumento cobrindo a proposta para ele ficar e, por exemplo, depois de decorridos três meses, há demissões na empresa e esse colaborador vem a ser o primeiro da lista, não pela competência, mas pelo acontecimento anterior.

4) A empresa acerta com o colaborador na entrevista 6 benefícios que serão incorporados ao salário e quando esse mesmo colaborador inicia o contrato e recebe o primeiro holerite, um desses benefícios vem faltando. Ao questionar o departamento de Recursos Humanos da empresa, este explica que aquele benefício não está incorporado no pacote de benefícios. Como esse colaborador irá ver a empresa? Como toda certeza ela irá criar uma situação constrangedora com seu novo colaborador, que poderá ocasionar outros problemas maiores com resultados desastrosos.

Isso pode acontecer com o colaborador também, como por exemplo:

1) Toda vez que um profissional se desliga de uma empresa, ela normalmente acaba tendo uma perda, mesmo tendo um substituto à altura, já treinado e preparado para assumir o posto do colega que está se desligando. Muitas coisas se perdem junto com o colaborador. Nessa fase de contratação, espera-se que o colaborador cumpra o aviso prévio que, na minha opinião, é o mínimo de atitude e ética de um profissional de prestígio em relação ao tempo que ficou na empresa da qual está saindo.

2) Fazer leilão do salário com o empregador ou blefar propostas que não existem. Além de ser postura e estratégica antiéticas, o colaborador corre o risco do seu gestor direto lhe dizer que prossiga com a proposta que lhe fizeram.

3) Levar atestado médico sem estar doente;

4) Falar mal da empresa anterior para aquela com a qual está tentando iniciar uma parceria de trabalho;
Conforme jargão utilizado há anos, regra de ouro: “Não faça para os outros o que você não gostaria que fizessem com você”.

Se adotarmos essa conduta, com toda certeza a ética estará caminhando ao lado de nossas decisões e estratégias empresariais. Toda vez que iniciamos em uma empresa, existe um contrato de trabalho, e dele constam seus direitos e deveres; muitas vezes esse contrato não é levado a sério, ou seja, a empresa ou colaborador não o cumpre. Quando isso acontece, a probabilidade de algo sair errado é muito grande; juntamente com o acontecimento, a ética pode ser ferida por alguma das partes. Contribua sempre com honestidade, comprometimento e seja justo. O resto acontece naturalmente.