Trace sua Rota – Jornal de Piracicaba

O Diretor Geral da SM Consultoria, Treinamentos e Palestras, Engenheiro Sergio Miorin foi entrevistado para uma matéria no Jornal de Piracicaba publicada no dia 12 de Janeiro de 2014. A matéria abordou o Plano de Carreira e quais as ações que o profissional deve tomar para saber se  está no caminho correto. Saber onde quer chegar, ter auto conhecimento e consciência das implicações de uma ascensão profissional são fundamentais para definir um plano de carreira.

Acompanhe a matéria na reportagem de Flavia Santucci.

Boa remuneração salarial já não é motivo numero um na hora de escolher uma empresa para trabalhar. Hoje o que está mesmo em voga, é o plano de carreira e ele pode e muito, mudar a maneira de pensar dos profissionais. Ter um plano de carreira, segundo Caio Arnaes, gerente da Robert Half (empresa de recrutamento especializado) em Campinas, deveria ser pretensão de dez em cada dez funcionários, independente do tamanho da empresa em que trabalham.Só que muita gente ainda empaca na hora de responder aonde realmente quer chegar.

Pesquisa realizada pela Michael Page com 900 executivos latino-americanos aponta que os profissionais mais descontentes com planos de carreira são os brasileiros. Além do Brasil foram ouvidos profissionais da Argentina, Chile, México e Colômbia, e todos eles reclamaram, principalmente, da falta de planos de carreiras nas empresas.

Para Arnaes, no entanto, não é obrigação da empresa traçar planos de carreira para seus funcionários. “Todo profissional deve ter plano de carreira, sim. Mas não pode depender da empresa. Ter um plano de carreira hoje é altamente recomendável mas o profissional não pode deixar nas mãos do RH. Ele mesmo deve saber onde pretende chegar.” afirmou.

Apesar do descontentamento apontado na pesquisa, profissionais brasileiros hoje, segundo Arnaes, estão mais alinhados com o que realmente querem e o mercado de trabalho aqui está, finalmente, amadurecendo. Só que para um plano de carreira dar certo, ele destaca, é fundamental saber segui-lo.

“O plano de carreira deve-se basear em três pontos principais:

1. Você precisa encontrar uma maneira de medir o tamanho da sua ambição.
2. É preciso ter auto conhecimento, saber seus pontos fortes e saber onde aplicá-los;
3. É preciso entender que tudo que se planeja tem um custo. E não é só financeiro.”

Por custo, Arnaes quer dizer abrir mão, especialmente da vida pessoal. “Um presidente de uma empresa, por exemplo tem de jantar com um cliente vez ou outra, mesmo fora do horário de expediente.”

Para Sergio Miorin , Professor de RH e Gestão de Pessoas da IBE-FGV e Diretor Geral da SM Consultoria, Treinamentos e Palestras, dar espaço para a vida pessoal pode ser a chave para um plano de carreira de sucesso. “É preciso escolher a empresa que se quer trabalhar de acordo com o seu perfil. Se você
está num ciclo de vida que não é seu, saindo as 20h, 21h, 22h do trabalho, um hora vai cansar. O plano de carreiras tem que estar de acordo com aquelo que se deseja para a sua vida.”

Os dois especialistas ainda concordam que também é preciso ter em mente que um planejamento pode mudar de uma hora para outra e, nessas horas, flexibilidade e dedicação podem ser grandes aliadas do profissional.

“É com planejar o seu horário pós-expediente. Você sai do escritório às 20h, chega em casa às 20h30 e planeja estar na academia as 21h. Só que no caminho fura o pneu do carro e seus planos vão por água a baixo. É preciso estar ciente de que no trabalho podem acontecer mesma coisa. Vão ter lombadas, valas, depressões e buracos no meio do caminho, que farão você mudar de trajeto. Contanto que tenha um norte e saiba desviar dos empecilhos para chegar ao seu destino, não terá problemas. mas é preciso flexibilidade e dedicação porque cargo nenhum vai cair na sua mão. Tem que correr atrás”, destaca Arnaes.

Miorin ressalta que o melhor momento para repensar a carreira é exatamente agora, quando o ano está começando. “Fim de ano e começo de ano são períodos ideais para uma reavaliação. Estou mesmo indo para onde quero? Se não estou, o que preciso fazer para muda até o próximo ano? Se não estou, o que preciso fazer para mudar até o próximo ano? A carreira pode ser modificada o tempo todo e, apesar dessa época do ano ser a melhor para uma noca análise, nada impede também que seja feita outra avaliação no meio do ano. É preciso sempre fazer autocríticas, entender as falhas e ter certo onde se quer chegar. Muitos profissionais reclamam que a empresa não quer pagar um MBA, por exemplo, porque estão se aperfeiçoando para a empresa. isso é um absurdo. Não vai ser bom para a empresa, vai ser bom para ele. A carreira, quem define, é o profissional e apostar em você um pouco mais é garantia de sucesso.”

 Do começo

De acordo com Sergio Miorin, a hora certa para se começar a pensar em um plano de carreiras é o primeiro emprego. As vezes até antes. “Assim que for definida a área que se vai segui, no colegial ou no técnico,por exemplo, o estudante já pode começar a pensar em um plano de carreira. Fica muito mais fácil segui-lo se você souber exatamente onde quer chegar.”

Como começar a programar a carreira antes de entrar no mercado:

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• Pesquise as empresas do ramo com que sonha ( o que fazem e para quem vendem);
• Peça para visitar essas companhias ou tente conversar com seus profissionais;
• Com esses dados procure descobrir os pontos positivos e negativos de cada setor.

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Ser especialista em um determinado assunto, ainda de acordo com Miorin, é bom. Mas empresas hoje procuram muito mais pessoas generalistas (que entendem de vários assuntos) do que aquele que só sabe falar de uma coisa só. Ao traçar um plano de carreira, ele afirma, é preciso analisar todas as possibilidades que sua área possui.

“Quer ficar em uma empresa por 10 anos? Ótimo, muitas empresas oferecem ótimas oportunidades de crescimento. Quer trocar de uma empresa para outra em períodos mais curtos? Sem problemas também. Hoje as empresas enxergam isso com olhos muito melhores do que antigamente. Mostra que o profissional é uma pessoa ambiciosa e bastante interessada em crescer.”

Tome as Rédeas: faça o dignóstico do seu trabalho

1. Escreva as realizações e os fracassos que teve em 2013;
2. Faça uma critica dos motivos dos erros e acertos e discuta-os;
3. Verifique como pode corrigir cada erro e manter os seus acertos;
4. Estabeleça metas com os três C’s: Começar, Cessar e Continuar a fazer;
5. Pense nos objetivos profissionais de curto, médio e longo prazo;
6. Escreva as ações necessárias para eles (cursos, viagens, etc.)
7. Planeje tarefas diárias ou semanais para atingir objetivos;
8. A cada dois meses avalie sua evolução e mude a rota se preciso.

Veja abaixo a matéria como foi publicada no Jornal de Piracicaba: