O Desafio do Equilíbrio – Jornal de Piracicaba

O Diretor Geral da SM Consultoria, Treinamentos e Palestras e Professor da IBE-FGV Engenheiro Sergio Miorin foi destaque em matéria no Jornal de Piracicaba publicada no dia 11 de Novembro de 2013. A matéria: “O desafio do equilíbrio” discute como conciliar a vida profissional e pessoal de maneira equilibrada e saudável para que ambas tragam a felicidade tão merecida. Acompanhe a matéria com reportagem de Flavia Santucci.

Faça uma lista de prioridades na sua vida. Coloque no mínimo, três itens e, no máximo, cinco. Se seu trabalho estiver entre as opções, perfeito. Você é, realmente, feliz fazendo o que gosta.

A princípio, a brincadeira pode parecer meio boba, sem fundamento, mas, de acordo com Luiz Andia Filho, consultor do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), pode dizer muito sobre o momento atual de uma pessoa dentro da empresa. Para ele, vida pessoal e vida profissional jamais devem ser separadas e a felicidade só é possível quando há equilíbrio entre as duas coisas.

“É impossível alguém entrar no trabalho e deixar a vida pessoal do lado de fora. Como também não acho possível alguém chegar em casa e esquecer completamente as atribuições do dia a dia. São duas coisa que não se separam e a infelicidade só aparece se a pessoa não souber lidar com as oportunidades que surgirem na vida.” comentou.

Priorizar apenas o pessoal ou profissional, ainda de acordo com Andia, não é a melhor saída para uma vida mais feliz. Isso porque quanto mais um lado cresce ou outro pode  diminuir. “É uma questão de equilíbrio, de acertar nas escolhas. Se um lado não está bem, o outro também não vai estar. So que o lado pessoal costuma influenciar muito mais o profissional do que o contrário. Se você tem problemas em casa com os pais, com o marido ou com a mulher, pode ter certeza que isso vai afetar o seu desempenho dentro da empresa. O ideal é que essas duas coisas funcionem bem juntas.”

Para Sergio Miorin, professor de Gestão de Pessoas da IBE-FGV (Institute Business Education – Fundação Getulio Vargas) e Diretor Geral da SM Consultoria, Treinamentos e Palestras é preciso disciplina para conciliar a vida pessoal com a profissional.

“Não adianta trabalhar 16 horas por dia, porque no dia seguinte a pessoas vai render apenas 80%, 70%. A lei já diz que são necessárias 8 horas de trabalho. Não deu para fazer tudo? Continue no dia seguinte. Imponha metas, mas não deixe de lado a qualidade de vida. Isso sim é importante.”

Miorin aprendeu na prática a importância de priorizar a qualidade de vida e isso não quer dizer que tenha aberto mão de um lado ou de outro. Ele, simplesmente, aprendeu a equilibrar. “Quando minha filha nasceu, eu tinha acabado de ser promovido. Saia para trabalhar às 06:30 e voltava para casa às 23:30. Perdi boa parte do crescimento dela e isso é algo que não vou recuperar nunca. Hoje ela tem 8 anos e não abro mão de levá-la e busca-la na escola todos os dias e também participo de todos os eventos escolares”

O que ele faz na prática também é parte da teoria passada em sala de aula. Uma das dicas mais valiosas que o professor costuma passar é exatamente a desaceleração. A qualidade de vida, segundo ele está diretamente ligada ao tempo que você leva para executar as ações.

“Vejo muita gente que tem uma hora de almoço, fazendo em 15 minutos, meia hora. As pessoas estão comendo rápido demais e voltando a trabalhar, só que estão perdendo qualidade de vida. Chegam em casa pensando no que deverão fazer no trabalho no dia seguinte, tomam banho ensaiando o que vão falar na reunião e dormem muito mal. Existem 3 fatores que, para mim soam como desculpa mas as pessoas insistem em repetir: “É só até eu terminar esse projeto, ano que vem vai ser diferente, vou trabalhar menos” e “é só até eu contratar mais dois colaboradores”. Se a pessoa diz pelo menos uma dessas frases, ela, certamente, ainda não encontrou o equilíbrio entre a vida pessoas e profissional.”

Para Andia, o principal problema hoje é a necessidade de se atingir metas dentro da empresa. “As pessoas esquecem o  que é essencial.” O consultor diz que não há nada de erado em querer juntas dinheiro, desde que lazer, esportes e até um tempo sem fazer absolutamente nada, estejam na mesma lista de prioridades.

“Quem é mais feliz? Aquele que tem um bom salário, mas não gosta do emprego, ou aquele que faz o que gosta, mas ganha mal? Para mim, as duas opções podem trazer felicidade, mas
acho importante que as pessoas saibam ser felizes com as opções que tem na vida.”

Equilibrando

Conciliar o pessoal com o profissional parece óbvio, mas muita gente precisa de uma ajudinha na hora de escolher o que realmente importa. Sergio Miorin, professor da IBE-FGV, aponta quatro pontos que podem ser uma boa maneira de começar a procurar equilíbrio:

Trabalhe 8 horas por dia: “Se tem uma lei que diz que a pessoa deve trabalhar oito horas por dia, não é atoa. Se dá para continuar o trabalho no dia seguinte, porque insistir em terminar tudo de uma vez só?”

Não trabalhe aos finais de semana: “Esqueça da empresa no fim de semana e dedique esse tempo para fazer o que gosta. Praticar atividades físicas e ter Hobbies são extremamente importantes para ter qualidade de vida.”

Não trabalhe nas férias: “Se a pessoa é empresária, esqueça a empresa nas férias. Se for impossível, ligue apenas uma vez por dia em um determinado horário e de policie para não continuar ligando. Há funcionários que poderão resolver os problemas.”

Aproxime-se da família: “Leve ou pegue seus filhos na escola pelo menos duas vezes por semana e participe dos eventos. procure almoçar com sua mulher (ou marido) de uma a duas vezes por semana
e pratique situações que saiam do cotidiano, costumo almoçar no shopping. Volto para o trabalho renovado.”

 

Veja abaixo a matéria como ela foi publicada no Jornal de Piracicaba: